sábado, 28 de julho de 2012

Aula 7 – 5ª Série / 6º Ano

O CAMINHO DA ÁGUA DA NATUREZA

A água pode ser encontrada em três estados físicos: estado líquido, estado sólido e estado gasoso. As mudanças do estado físico da água é possível quando há mudanças em sua temperatura. Figura.


Os processos de mudança de estado físico da água são vaporização (ebulição e evaporação), condensação (liquefação), solidificação e fusão.
A formação da chuva ocorre devido a evaporação da água de rios, lagos e mares. Este vapor eleva-se na atmosfera onde é resfriado, pois atinge partes mais frias, condensa-se passando do estado gasoso para o líquido formando gotículas que vão se unindo e ficando mais pesadas e então a água precipita, ou seja, cai em forma de chuva. Figura.




Utilizamos água em quase todas as atividades que praticamos como para beber, cozinhar, tomar banho, lavar roupas, louças, carros, nos processos industriais.
Toda a água contida no planeta participa de um processo chamado de CICLO DA ÁGUA ou CICLO HIDROLÓGICO.
O ar atmosférico tem vapor dágua, por isso que temos a umidade relativa do ar, ou seja, a umidade relativa do ar pode variar de acordo com o horário e a temperatura de determinada região – exemplo: se as 9 horas uma massa de ar pode ter 100kg de vapor d’água e nesta hora ela está com 65 kg então a umidade relativa do ar é de 65%. Ao anoitecer o ar úmido forma pequenas gotas em cima de carros, vidros, pisos sendo chamado de orvalho. Se caso a temperatura no decorrer da noite cair muito essas gotas de orvalho podem formar cristais de gelo que damos o nome de geada. A baixa umidade do ar pode provocar diversos problemas de saúde, principalmente os de origem respiratória.
Um fenômeno muito conhecido logo após a chuva é o arco – íris que é formado pela passagem da luz branca (formada por inúmeras cores) através das gotas de água da chuva dispersas no céu sendo separada em diversas cores. Isaac Newton cientista inglês, através do experimento chamado de disco de Newton, descobriu em 1666 que a luz branca era formada por diversas cores.
Aula 6 – 5ª Série / 6º Ano

ALIMENTOS

Os alimentos são importantes, pois são fontes de energia e matéria prima que contribuem para o crescimento do organismo, reparo de machucados e funcionamento saudável do corpo. A quantidade de energia proveniente dos alimentos pode variar e para expressar a quantidade dessa energia usa-se a quilocaloria (kcal). Tanto a energia e quanto as matérias primas são obtidas a partir do processo de digestão, pois neste processo “desmonta” os alimentos em pequenas peças como as do quebra-cabeça. Estas pequenas peças são chamadas de nutrientes.
Há vários tipos de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais.
As proteínas tem a função de construir varias partes do corpo, por exemplo, músculos, pele, sangue, coração. São ricos em proteínas: leite, queijo, ovos, carnes, peixes, feijão, lentilha, soja, trigo e arroz integral.
Os carboidratos fornecem grande parte da energia necessária para o corpo e o mais importante é o amido, e ainda sacarose. São ricos em carboidratos: pão, batata, mandioca, farinha, massas em geral. O consumo excessivo de alimentos ricos neste tipo de nutriente pode engordar, pois são convertidos em gordura e além disso o consumo da sacarose (açúcar) pode causar cáries.
Os lipídeos são os óleos e gorduras, constituem a pele e os músculos, na falta de carboidratos servem como fonte de energia. O excesso pode causar obesidade. São alimentos ricos em lipídeos: bacon, banha, manteiga, margarina, linguiça, salame, e muitos outros. Podem causar problemas no coração em virtude do aumento no nível de colesterol.
As vitaminas e os minerais são essenciais para a regulação das substancias do corpo. Alguns minerais são o cálcio e o ferro presentes no leite e espinafre.
Vitamina A – atua contra o ressecamento da pele e dos olhos, sendo encontrada em alimentos como fígado, manteiga, gema de ovo, cenoura, espinafre.
Vitamina B1 – atua contra a doença de Beribéri, ou seja, dores nos nervos e anemia, sendo encontrada em alimentos como cereais, feijão, soja, presunto, fígado.
Vitamina B2 – atua contra a inflamação na pele e descamação dos lábios, sendo encontrada em alimentos como feijão, amêndoa, cogumelo, fígado, rim.
Vitamina C – atua contra o Escorbuto, sendo encontrada em alimentos como morango, amora, framboesa, brócolis, tomate, repolho, pimentão, frutas cítricas.
Vitamina D – atua contra o Raquitismo, sendo encontrada em alimentos como ovos, queijo, leite, sardinha, salmão, óleo de fígado de bacalhau, exposição ao sol.
Vitamina E – atua contra a Esterilidade e Anemia, sendo encontrada em alimentos como espinafre, castanha, óleos vegetais.
Vitamina K – atua contra Hemorragias, sendo encontrada em alimentos como fígado, couve-flor, espinafre, batata.
As fibras da dieta não são digeridos pelo organismo humano e são essências para o bom funcionamento do intestino e evita que as fezes fiquem muito duras facilitando a evacuação. São encontradas em verduras, legumes e frutas.
Aula 5 – 5ª Série / 6º Ano

SOLO

O solo fértil fornece às raízes das plantas a aeração e os nutrientes – nitrogênio, fósforo, potássio – que ela precisa. Estes nutrientes estão dissolvidos em água.
O processo de formação do solo é muito lento, pois as rochas da superfície são alteradas e modificadas pelos fatores ambientais.  Neste processo há liberação de muitos minerais e grãos de tamanhos – os maiores são grãos de areia e os menores são grãos de argila.
O solo por si só tem uma quantidade finita de nutrientes, mas com auxílio de organismos decompositores e detritívoros, os nutrientes são repostos pois quando estes organismos se alimentam dos restos de frutos, folhas, flores e cadáveres de animais formam um material chamado de húmus, conhecido como componente orgânico do solo.
O húmus evita a perca d’água do solo, fornece nutrientes para as plantas e ajuda na aeração do solo. Portanto, a presença de húmus é muito importante para as plantas.
Isso nos remete a uma interdependência entre plantas, animais e organismos que vivem no solo, pois neste caso tanto os seres decompositores ou detritívoros, que se alimentam dos restos de plantas e animais, quanto as plantas e animais, que dependem daqueles seres, estabelecem uma relação de dependência entre ambas as partes.
Há solos de diferentes texturas e formações, pois há diferenças nos climas, tipos de rochas que deram origem ao solo, quantidade de chuva e húmus e na capacidade de retenção de água. Por isso que em certas regiões há maior produção na lavoura. Há casos de solos que necessitam de drenagem por serem muito húmidos e solos onde há pouca ocorrência de chuva e há necessidade de irrigação.
A perda de nutrientes do solo pode ocorrer devido ao esgotamento deste, pois depois de alguns anos cultivando em uma determinada área a quantidade de húmus é bastante reduzida. Quando isso ocorre é necessária a adubação, que é realizada através da adição de adubos orgânicos – que são restos de plantas e animais em decomposição – e inorgânicos – que são produzidos a partir de matérias primas não – vivas nas indústrias químicas. Estes produtos são ricos em nutrientes fornecendo assim o que a planta necessita para seu crescimento.
Para evitar este esgotamento, há agricultores que utilizam o método de rotação de culturas. Que consiste no cultivo de varias lavouras em um mesmo terreno ao longo do tempo.
Também há casos em que o solo fica exposto e está sujeito ao processo de erosão que proporciona a perda dos componentes do solo levado pelas chuvas e ventos. Com a erosão vem um processo ainda mais agressivo que é a desertificação que é provocada pela perda total da camada fértil do solo, transformando-o em terreno infértil.
Pensando nisso, foram criadas algumas técnicas de plantio que são o plantio em curvas de nível, plantio em terraços, procurar manter o solo coberto e reflorestar.
Aula 4 – 5ª Série / 6º Ano

DECOMPOSITORES


Os organismos decompositores são aqueles que ocupam o último nível trófico na cadeia alimentar. Os mais importantes são as bactérias e fungos que realizam a decomposição da matéria orgânica devolvendo-a a natureza na forma de nutrientes. Porém, alguns insetos também podem ser considerados como decompositores pois se alimentam de restos mortais de outros animais constituindo uma primeira etapa da decomposição, como por exemplo algumas espécies de besouros. Os seres decompositores realizam o fechamento da cadeia alimentar ao possibilitarem a decomposição da matéria orgânica em nutrientes de forma que eles possam novamente ser usados pelas plantas na geração de mais energia e matéria orgânica dando continuidade a ciclagem de nutrientes e energia na cadeia alimentar. Os seres decompositores são considerados uma classe especial de consumidores que se alimenta somente de restos tanto de animais quanto de vegetais.
Aula 3 – 5ª Série / 6º Ano

PRODUTORES E CONSUMIDORES

Os organismos dependem de energia (na forma de luz solar ou moléculas de alta energia), água e sais minerais. Toda a energia utilizada pelos organismos vem (ou um dia veio) do sol. No entanto, apenas 5% desta energia é capturada pela fotossíntese das planta.
A fotossíntese é o processo pelo qual as plantas produzem sua própria energia, retirando sais minerais (ou seja, nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio) e água do solo, gás carbônico do ar e absorvendo a energia proveniente da luz solar, produzindo açúcar (glicose) e oxigênio. Estes dois produtos da fotossíntese, o açúcar e o oxigênio, servem para a produção da energia que a planta precisa para crescer, sendo que o excedente de oxigênio é liberado na atmosfera. A fotossíntese só ocorre porque a planta apresenta uma substância denominada clorofila, que capta a luz solar. Já a água e sais minerais são captados pelas raízes.
As plantas são seres vivos produtores de energia e com isso potencializa os processos dos ecossistemas. Então, os organismos produtores são aqueles que, literalmente, produzem seu próprio alimento (exemplo: um pé de feijão). E os organismos consumidores são todos os seres vivos que não produzem seu próprio alimento (exemplo: os herbívoros, carnívoros e onívoros). 
Os herbívoros são animais que se alimentam exclusivamente de plantas. Os carnívoros se alimentam de herbívoros. E os onívoros se alimentam de herbívoros, carnívoros, plantas.
A cadeia alimentar é o conjunto completo das relações alimentares entre espécies num ambiente natural, ou seja, uma rede indicando quais são os consumidores e quais são os consumidos e reúne os produtores, consumidores primários e consumidores secundários.
Exemplo: numa lagoa o capim (produtor) produz energia para seu crescimento, a capivara (consumidor primário) come o capim assimilando parte da energia e um jacaré (consumidor secundário) come a capivara assimilando parte da energia produzida pela planta.

Complementação

Os seres vivos compõem cadeias alimentares, nas quais existe um equilíbrio envolvendo os participantes. Estas cadeias começam com os seres vivos produtores (plantas), que servem de alimento para os seres vivos consumidores (consumidores primários – herbívoros), que por sua vez servem de alimento para outros seres vivos consumidores (consumidores secundários – carnívoros).
Todos os seres vivos respiram, neste processo são usados o oxigênio e a glicose que durante o processo de respiração produz água (em forma de vapor), gás carbônico e energia.
A energia (da luz solar) é necessária para a que ocorra a fotossíntese, sendo que o gás carbônico, a água e os sais minerais são usados para a produção de glicose e oxigênio. Estes por sua vez são utilizados para a produção de energia necessária para o crescimento da planta, o excedente de oxigênio é liberado na atmosfera.
A planta realiza a respiração assim como os animais, e durante ela consome oxigênio e glicose liberando energia e produzindo gás carbônico e água (em forma de vapor) que vão para o ar. A planta, diferentemente dos animais, realiza a fotossíntese na presença da clorofila e energia da luz, onde consome água e nutrientes que obtém do solo assim como o gás carbônico que vem do ar, produz oxigênio que retorna ao ar e glicose que serve para a produção de energia (alimento da planta).
Aula 2 – 5ª Série / 6º Ano

FATORES VIVOS E NÃO VIVOS PRESENTES NO AMBIENTE

  • Fatores vivos (bióticos) são todos os animais, vegetais e suas interações, ou seja, nascer, crescer, se desenvolver, reproduzir e morrer;
  • Os seres vivos precisam de energia;
  • Os seres vivos tem capacidade de se reproduzir;
  • Todos os seres vivos dependem dos fatores não vivos (abióticos) como o ar, a luz, a água, o solo e a temperatura (exemplo, uma onça depende de vários fatores bióticos e abióticos);
  • Há interações intra e interespecíficas;
  • Em todos os ambientes existem seres vivos que se relacionam entre si (fatores bióticos) e que dependem dos fatores não vivos (abióticos);
  • Os seres vivos estão adaptados ao ambiente no qual são naturalmente encontrados. Os ambientes diferem entre si nas particularidades dos fatores bióticos e abióticos.

Aula 1 – 5ª Série / 6º Ano

TERRA

A Terra até pouco tempo atrás não podia ser observada do espaço. Precisávamos refletir muito e examinar atentamente alguns sinais da natureza para imaginar sua provável forma.
Desde o principio dos tempos, a humanidade buscou respostas para os fatos que observava e que despertava curiosidade. Viam o céu azul e o Sol “andar” pelo céu ao longo do dia. Chegando a noite viam o mesmo céu salpicado de estrelas, umas piscando mais, outras brilhavam mais fortes e ainda havia aquelas que, pelo brilho fraco, pareciam mais distantes, mas todas se movimentavam pelo céu.

As explicações dos povos antigos

A beleza da noite, o colorido do amanhecer e do pôr do sol encantava a humanidade. Talvez a sensação agradável tenha influenciado os povos antigos a imaginar o céu como a morada dos deuses.
Observando o céu os povos antigos começaram a associar os períodos de chuva com o aparecimento de determinadas estrelas e a estabelecer a relação entre causa e efeito entre os fenômenos. Estudando estes fenômenos puderam elaborar calendários e prever o melhor período para o cultivo da terra.
Exemplo: Eclipse solar – os antigos chineses observavam que às vezes o dia escurecia e o Sol desaparecia. A explicação que tinham era que um enorme dragão abocanhava o Sol tentando arrastá-lo consigo e para que o Sol não sumisse, as pessoas se reuniam e faziam barulho para espantar o  dragão.
Já os povos que habitam a Índia há 3 mil anos elaboraram uma imagem extremamente curiosa da Terra, onde era uma semi-esfera, apoiada sobre quatro elefantes, que estavam de pé sobre uma imensa tartaruga.
E estes mesmos povos conseguiam prever, através de suas observações, a ocorrência de eclipses com certa antecedência.
Ao longo do tempo, o ser humano começou a registrar suas observações, elaborando explicações para os fenômenos que observava.

Descobrindo a forma da Terra

A lua ao longo do tempo mostrou a real forma da Terra, pois depois de vários eclipses lunares, o ser humano chegou a seguinte conclusão: só vemos o eclipse lunar algum tempo depois de a Lua surgir no horizonte e depois de o Sol se pôr. O eclipse acontece quando a sombra da Terra é projetada na Lua. As pessoas começaram a perceber que a sombra da Terra era arredondada, o que indicava que tinha uma forma de esfera.

Novos Modelos

Ptolomeu
Um dos primeiros e mais famosos modelos foi proposto por um grego chamado Ptolomeu, no século II da era cristã, há quase 1800 anos. Neste modelo a Terra se encontra no centro do universo, e o Sol e demais 6 planetas giram em torno dela (Modelo Geocêntrico), sendo considerado válido por mais de mil anos.  Só puderam ser observados os planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpter e Saturno, Netuno e Urano só podem ser observados a partir do auxílio de instrumentos (luneta e telescópio).

Copérnico

Em virtude das Grandes Navegações havia a necessidade de mapas celestes mais precisos. Isto levou o ser humano a examinar novamente o céu, e por volta de 1500, depois de analizar o movimento dos astros por alguns anos, o polonês Nicolau Copérnico chegou a conclusão que o modelo de Ptolomeu (Geocêntrico) não estava correto. Copérnico acreditava que o centro do sistema solar era o Sol (Modelo Heliocêntrico). O principal argumento dado foi que pela distância que se encontrava da Terra e pelo grande tamanha de sua órbita, era praticamente impossível que o Sol desse uma volta completa em torno da Terra em apenas 24 horas.
Essa afirmação de que a Terra não era o centro do universo criou uma série de problemas com a Igreja, e dizer que a Terra não se encontrava no centro do universo era colocar em dúvida a predileção de Deus pelo nosso planeta. Copérnico com isso demorou a divulgar suas ideias, o que aconteceu n ano de sua morte, em 1543.
No modelo de Copérnico o Sol passou a ocupar o centro do sistema solar. Mais tarde com a ajuda de telescópios foram descobertos Urano, em 1781, Netuno, em 1846, e Plutão, em 1930 (atualmente rebaixado a categoria de planeta anão, devido sua massa ser menor que a da Lua).

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Trabalho publicado no Salão de Iniciação Científica de 2009 - ULBRA Torres

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS AO ESTRESSE TÉRMICO RELACIONADOS À SENSIBILIDADE A AGENTES ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS ISOLADAS DO PESCADO EM EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS


Tiago Machado da Silva, Eliane Pereira Behenck, Fernanda Brocca de Matos, Walter Nisa-Castro-Neto, Sueli Teresinha Van Der Sand, Ana Paula Guedes Frazzon , Diego Antonio Viana Gomes (ORIENTADOR - mrvgomes@yahoo.com.br)


PROJETO CARCHARIAS; Departamento de Biologia; Universidade Luterana do Brasil - Torres; Rua Universitária, 1900, Parque do Balonismo; Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. CEP 95560-000.
A microbiota dos peixes é amplamente biodiversificada, com o consumo de pescado alcançando marcas recordes de comercialização, a preocupação com a contaminação microbiológica resistente a agentes antimicrobianos, torna-se uma importante preocupação na segurança de alimentos. Investigaram-se as respostas de bactérias a variações das condições de temperatura em que o pescado se encontra, verificando alterações fenotípicas na natureza e na escala de sensibilidade a oito agentes antimicrobianos de uso comum. As amostras foram coletadas em altomar com swabs estéreis nas escamas de linguados (Paralichthys spp.) e tainhas (Mugil spp.) que foram posteriormente inoculadas em meio de cultura. Selecionaram-se aleatoriamente 240 cepas bacterianas para testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos (Ampicilina, Ceftriaxona, Estreptomicina, Imipenem, Kanamicina, Ácido Nalidíxico, Neomicina e Tetraciclina) em diferentes temperaturas, 30ºC e 37ºC. Os antibiogramas foram realizados em diluição de 0,5 na escala de Mac Farland semeadas em placas com 25ml de Agar Muller Hinton, sendo utilizado o método de difusão em placa. Após incubação das placas, 18-24h foi medido o diâmetro do halo inibitório (mm). As associações entre as variáveis foram estimadas através de Análise de Variância - ANOVA sendo consideradas significativas quando P&#61603;0,05. Todos os experimentos foram realizados em triplicata. Trinta e cinco cepas resistiram às duas temperaturas. Destas, eram resistentes a 30ºC e passaram a ser sensíveis a 37ºC (17,1%). Bactérias que eram sensíveis a 30ºC e passaram a ser resistentes a 37ºC (1,8%). Constatou-se que vários microrganismos alteraram seu perfil de sensibilidade a agentes antimicrobianos quando comparadas à 30ºC e 37ºC (F=154; p<0,000). Os agentes antimicrobianos Ácido Nalidíxico e Estreptomicina foram ineficientes no combate ao crescimento destas cepas em ambas as temperaturas, sendo os menos indicados a uma quimioterapia contra uma possível infecção por esses microrganismos.


Palavras chave: agentes antimicrobianos; estresse térmico; alteração fenotípica

Trabalho publicado no Salão de Iniciação Científica de 2009 - ULBRA Torres

TESTES DE SENSIBILIDADE A AGENTES ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE PESCADOS E DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS APORTADAS NO MUNICÍPIO DE PASSO DE TORRES (SC)

Eliane Pereira Behenck, Tiago Machado da Silva, Fernanda Brocca de Matos, Daniel Bedinote da Rocha, Walter Nisa-Castro-Neto & (Diego Antonio Viana Gomes) - eliane.pb@hotmail.com

PROJETO CARCHARIAS; Departamento de Biologia; Universidade Luterana do Brasil - Torres; Rua Universitária, 1900, Parque do Balonismo; Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. CEP 95560-000.

Os testes de sensibilidade aos agentes antimicrobianos são de importância relevante para direcionar a estratégia de combate a um patógeno, visto que bactérias resistentes a antibióticos são encontradas em todos os ambientes e podem causar infecções ao seu hospedeiro. O pescado é muito vulnerável a contaminações por microrganismos patogênicos e como seu consumo tem aumentado nos últimos anos, elevaram-se os surtos de toxinfecção alimentar. O fator etiológico das toxinfecções alimentares relacionadas a bactérias, muitas vezes envolvem uma difícil intervenção farmacológica e geralmente estão inclusas na resistência dessas aos quimioterápicos. As bactérias quando resistentes a múltiplos agentes antimicrobianos tornam a terapêutica da infecção mais difícil. Analisaram-se os resultados de testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos de bactérias mesófilas, isoladas de pescado e de barcos de pesca aportados no porto do Passo de Torres (SC). As amostras foram coletadas em alto mar com swabs estéreis nas escamas de linguados (Paralichthys spp.) ainda emalhados e no convés, sendo posteriormente inoculadas em meio de cultura. Dessas amostras, após o processamento, transcorreu a seleção aleatória de 10 cepas bacterianas para a identificação e testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos. Para os testes, utilizaram-se discos de papel impregnados com concentrações conhecidas de ampicilina, ceftriaxona, estreptomicina, imipenem, kanamicina, ácido nalidíxico, neomicina e tetraciclina. Os antibiogramas foram realizados em diluição de 0,5 na escala de Mac Farland, semeadas em placas com 25ml de Agar Muller Hinton, utilizando o método de difusão em placa e incubados a 37ºC por 18-24h. Todos os testes foram realizados em triplicata. Após incubação das placas, o diâmetro do halo inibitório foi medido (mm) e os resultados interpretados como sensíveis, intermediários ou resistentes. Das 10 cepas testadas, duas foram susceptíveis a todos os antimicrobianos, e oito, apresentaram resistência a pelo menos um dos oito agentes testados. Cinco cepas de Staphylococcus aureus e três bastonetes Grampositivos apresentaram padrões de múltipla resistência. Para essa amostragem, a neomicina foi o agente antimicrobiano mais eficaz, não havendo nenhuma cepa resistente. Esses resultados apontam para a existência de microrganismos com características de resistência vinculadas ao pescado, o que demonstra a necessidade de reforçar a atenção no preparo e nos procedimentos de boas práticas ligadas a esse importante alimento.

Palavras chave: antibiograma; pescado; agentes antimicrobianos; microrganismos

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Aula 4 – 7ª Série / 8º Ano

FECUNDAÇÃO, GESTAÇÃO E PARTO

O ato sexual é o processo pelo qual os espermatozoides são depositados no interior da vagina para que possa ocorrer a fecundação de um óvulo na tuba uterina, ou seja, a união de um espermatozoide com um óvulo para formar uma nova célula chamada de zigoto. Após a fecundação iniciam-se sucessivas divisões mitóticas e ao mesmo tempo o novo organismo se desloca pela tuba uterina até o útero. Este deslocamento dura por volta de 8 dias e liga-se a parede do útero iniciando o período embrionário que dura por 8 semanas. Depois da 8ª semana o ser humano em desenvolvimento é chamado de feto, iniciando assim o período fetal até o nascimento.
Os anexos embrionários são a placenta, amnio e o cordal umbilical, pois estas estruturas auxiliam na nutrição e proteção do feto. Estas estruturas são formadas na fase embrionária.
O período de gestação tem duração de 38 a 40 semanas e durante este ocorrem muitas mudanças no corpo da mulher. Recomenda-se que seja realizado o acompanhamento pré-natal para prevenção e tratamento assegurando a saúde da mãe e do bebê. O médico avalia os riscos e realiza exames periódicos, como a ultrassonografia, para acompanhar o crescimento do feto. Também é possível identificar doenças que podem afetar o bebê e trata-las ainda no útero materno.
Além do pré-natal a mulher deve ter alguns cuidados durante a gestação e dentre eles evitar drogas, evitar cafeína, evitar carnes mal passadas, tomar medicamentos sem consultar o médico, evitar choques mecânicos, evitar esforços físicos excessivos, ingerir alimentos saudáveis.
Ao final da gestação há um conjunto de etapas que auxiliam a saída do bebê, o trabalho de parto. Os estágios do parto normal são: dilatação, expulsão e placentário. Se caso houver alguma complicação durante o parto é necessária uma intervenção cirúrgica chamada cesariana, na qual um corte atravessa várias camadas de tecidos até atingir o útero.
Existem alguns métodos para evitar a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DST´s) que são conhecidos como métodos contraceptivos ou anticoncepcionais e, alguns deles são: preservativo, diafragma, dispositivo intrauterino (DIU), pílula anticoncepcional, laqueadura e vasectomia.
Aula 3 – 7ª Série / 8º Ano

REPRODUÇÃO HUMANA

A reprodução é um processo que em que novos indivíduos são originados a partir de organismos vivos de mesma espécie. Ela pode ser sexuada ou assexuada. Na forma sexuada a reprodução ocorre a partir da união de uma célula sexual masculina (espermatozoide) e uma célula sexual feminina (óvulo), estas células são denominadas gametas. A união dos gametas ocorre a partir do ato sexual. O sistema reprodutor humano auxilia na união dos gametas.
O corpo passa por diversas mudanças preparando-se para o inicio da fase reprodutiva Essas mudanças que ocorrem durante a puberdade são controladas pelos hormônios sexuais e além de tornar o sistema reprodutor apto ainda promove outras mudanças físicas e comportamentais nos meninos e meninas, sendo que estas mudanças podem ocorrer em diferentes idades.
Os principais hormônios sexuais são a testosterona secretada pelos testículos (meninos) e o estrógeno e a progesterona secretados pelos ovários (meninas). 

Sistema reprodutor masculino
As principais funções são produzir e nutrir os espermatozoides, transportar os espermatozoides até o sistema reprodutor feminino e secretar a testosterona.
Os espermatozoides possuem três partes: cabeça (material genético), corpo (possui mitocôndrias para fornecer energia) e cauda (flagelo para movimentação).
É formado pelos ductos, glândulas anexas, genitais externos e testículos. Os ductos são distribuídos em pares, ou seja, par de túbulos seminíferos, par de epidídimos, par de ductos deferentes, par de ductos ejaculatórios e apenas uma uretra. As três glândulas anexas são as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais que tem função de secretar algumas substâncias aos espermatozoides.
Os testículos tem a função de produzir os espermatozoides e secretar a testosterona. Os genitais externos são constituídos pelo escroto e o pênis. O pênis possui uma pele chamada de prepúcio que recobre a glande.

Sistema reprodutor feminino
As principais funções são produzir gametas, alguns hormônios e abrigar o novo indivíduo em desenvolvimento durante a gestação. Este gameta é denominado óvulo que é produzido pelo ovário, ou seja, um óvulo a cada 28 dias.
Os órgãos são a vulva que é composta pelos grandes lábios, pequenos lábios e clitóris, vagina que é constituída por tecido muscular em formato de tubo, útero que possui uma camada muscular e o endométrio, tubas uterinas que são dois órgãos musculares que transportam o óvulo até o útero, e os ovários que são dois órgãos com função de produzir óvulos e os hormônios estrógeno (características femininas) e progesterona.
O ciclo menstrual é de aproximadamente 28 dias. Durante este período o útero passa por muitas mudanças. Ele é regulado por vários hormônios como o FHS e o LH (hipófise), a progesterona e o estrógeno (ovários). Este ciclo pode ser dividido em pré-ovulatória, pós-ovulatória e menstrual. O período fértil fica entre o 10º e 17º dia após o inicio da menstruação. Em sua vida fértil, a mulher passa por alguns estágios a menarca, menopausa e o climatério.
Aula 2 – 7ª Série / 8º Ano

ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO

Corpo Humano: Um todo formado por muitas partes
Existe um milagre para uma vida saudável? Uma vida saudável depende de muitos fatores como cuidados com higiene, alimentação, repouso, lazer, não usar drogas, consultas médicas, ou seja, não existe produto milagroso;

Os níveis de estudo do organismo humano
No dia-a-dia, o corpo está sempre em movimento e externamente percebe-se que é formado por varias partes. Contudo os cientistas dividiram o estudo do corpo em diferentes níveis de organização: células, tecidos, órgãos e sistemas;


Célula: a unidade que compõe a diversidade
Com base em evidências obtidas em estudos com microscópio, foi proposto a teoria celular. A célula é a menor estrutura capaz de realizar as atividades essenciais à vida e é formada pela membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
A membrana plasmática é formada principalmente por lipídios e proteínas e tem como funções a proteção, adesão, comunicação química intercelular e permeabilidade seletiva.
O citoplasma é o conteúdo compreendido entre a membrana e o núcleo, sendo formado pelo citossol e pelas organelas. 
O citossol tem consistência gelatinosa composta por substancias como proteínas e açúcares, dispersos em água e nele ocorrem algumas reações químicas importantes para a célula. 
As organelas são estruturas especializadas que desempenham funções específicas no interior da célula. As organelas são: Ribossomo – tem como função a síntese de proteínas, Retículo Endoplasmático Liso e Rugoso – tem como função a síntese e transporte de algumas moléculas; Lisossomo – tem como função digestão intracelular; Mitocôndria – tem como principal função a respiração celular, ou seja, processo em que utiliza o oxigênio e a glicose produzindo energia e liberando gás carbônico e favor d’água; Complexo de Golgi – tem como função secretar substâncias e armazenamento de moléculas; Centríolo – tem como função auxiliar o processo de divisão celular, movimentos celulares e à formação dos cílios e flagelos.
Existem diferenças entre as células animais e vegetais. Além da membrana plasmática a célula vegetal possui uma parede celular externa que auxilia na proteção, dando mais firmeza e com formato mais definido. Possuem também os cloroplastos que são responsáveis pela realização da fotossíntese e não possuem centríolos. Possuem também vacúolos que são grandes e ocupam a maior parte do citoplasma, o que não ocorre nas células animais.
As células apresentam processos que permitem que elas capturem moléculas do meio extracelular para dentro do citoplasma que são a fagocitose e pinocitose. A fagocitose é o processo em que a célula engloba partículas grandes em relação ao seu tamanho. E a pinocitose difere da fagocitose em relação a maneira como as partículas são englobadas, ou seja, na fagocitose a membrana plasmática se expande formando pseudópodos e na pinocitose ocorre a invaginação de uma área da membrana formando pequenas vesículas e o tamanho das partículas são menores.
O Núcleo contém informações para o funcionamento da célula. Essas informações estão no ácido desoxirribonucléico (DNA – material genético) e são encaminhadas ao citoplasma através do ácido ribonucleico (RNA).
A forma da célula depende da função que desempenha, por exemplo, as células musculares são alongadas, as sanguíneas são arredondadas, as nervosas são longas e ramificadas.

Tecidos
  • Tecido é um conjunto formado por células semelhantes;
  • Tecido epitelial (revestimento de superfície interna e externa), tecido conjuntivo (preenche espaços entre os tecidos), tecido muscular (contrair, auxilia locomoção), tecido nervoso (levam e trazem informações, comunicação);

Órgãos
  • Órgão é um conjunto formado por dois ou mais tecidos que atuam juntos para realizar a mesma função;

Sistemas
  • Sistemas são conjuntos de órgão que realizam funções específicas no nosso corpo;
  • Células, tecidos, órgãos e sistemas são estruturas vivas e nenhum deles existem isoladamente;


Integração entre os sistemas
  • O jogador de futebol;
  • O corpo recebe vários estímulos do ambiente, muitos são percebidos como olfato, paladar, audição, tato e visão;
  • Temperatura do ambiente, dor;
  • Estímulos sensoriais são percebidos pelo sistema nervoso que interpreta –os e regula os sistemas do corpo;
  • Integração entre os sistemas do nosso corpo: circulatório e respiratório, digestório e urinário;
Aula 1 - 7ª Série / 8º Ano

SER HUMANO NO REINO ANIMAL

Cultura e sociedades humanas
A espécie humana tem a capacidade de transformar o ambiente em que vive de forma diferente dos outros seres vivos. Isso se deve a racionalidade, a comunicação, a cultura, entre outros fatores. Há animais que possuem algumas habilidades, mas não tão complexas.
A racionalidade e a comunicação permite-nos viver em uma sociedade mais complexa que outros animais. Enquanto a linguagem de outros animais consiste em alguns sons e sinais, o ser humano desenvolveu a fala, um conjunto de símbolos e palavras que auxiliam em uma comunicação mais ampla.
Os seres humanos formam núcleos familiares, estabelecendo vínculos, aprendizagem de hábitos e ensinamentos dos mais velhos para os mais novos, fortalecendo as culturas e resultando nas sociedades humanas como conhecemos. A espécie humana tem alta capacidade de adaptação e o de desenvolver culturas, também explica a ampla distribuição da espécie.
Devido à cultura, a espécie humana aprendeu a cultivar vegetais, criar animais, desenvolver ferramentas e técnicas que proporcionaram diversas transformações no ambiente. Em sua essência para suprir necessidades como alimentação, obtenção de energia, moradia.

Características gerais do ser humano
Os seres humanos apresentam algumas características como o bipedalismo, habilidade na manipulação de objetos e grande volume cerebral.
Durante a evolução o andar bípede e a posição ereta possibilitou o manuseio de objetos. Essa condição foi possibilitada devido as curvaturas da coluna vertebral e modificações na pelve e nos osso da perna para permitir a sustentação do corpo. Outros primatas também tem a capacidade de andar sobre dois pés, mas não por longas distâncias, diferentemente da espécie humana.
A habilidade de manipular objetos se deve principalmente ao polegar que está em oposição aos demais dedos que facilita esta ação. Os ossos da mão humana permitem manipular ferramentas com maior precisão e amplitude de movimentos.
O aumento do volume cerebral possibilitou o desenvolvimento das relações sociais e o uso da linguagem entre os seres humanos, a fabricação e manipulação de ferramentas, facilitando a sobrevivência e adaptação aos ambientes.

A classificação do ser humano
A classificação das espécies é organizada em Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. A classificação da espécie humana é, na ordem, Animal, Cordado, Mamífero, Primata, Hominidae, Homo e Homo sapiens.