Eliane
Pereira Behenck, Tiago Machado da Silva, Fernanda Brocca de Matos, Daniel Bedinote
da Rocha, Walter Nisa-Castro-Neto & (Diego Antonio Viana Gomes) - eliane.pb@hotmail.com
PROJETO
CARCHARIAS; Departamento de Biologia; Universidade Luterana do Brasil - Torres;
Rua Universitária, 1900, Parque do Balonismo; Torres, Rio Grande do Sul,
Brasil. CEP 95560-000.
Os
testes de sensibilidade aos agentes antimicrobianos são de importância relevante
para direcionar a estratégia de combate a um patógeno, visto que bactérias
resistentes a antibióticos são encontradas em todos os ambientes e podem causar
infecções ao seu hospedeiro. O pescado é muito vulnerável a contaminações por
microrganismos patogênicos e como seu consumo tem aumentado nos últimos anos,
elevaram-se os surtos de toxinfecção alimentar. O fator etiológico das toxinfecções
alimentares relacionadas a bactérias, muitas vezes envolvem uma difícil
intervenção farmacológica e geralmente estão inclusas na resistência dessas aos
quimioterápicos. As bactérias quando resistentes a múltiplos agentes antimicrobianos
tornam a terapêutica da infecção mais difícil. Analisaram-se os resultados de
testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos de bactérias mesófilas,
isoladas de pescado e de barcos de pesca aportados no porto do Passo de Torres
(SC). As amostras foram coletadas em alto mar com swabs estéreis nas escamas de
linguados (Paralichthys spp.) ainda emalhados e no convés, sendo posteriormente
inoculadas em meio de cultura. Dessas amostras, após o processamento,
transcorreu a seleção aleatória de 10 cepas bacterianas para a identificação e
testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos. Para os testes, utilizaram-se
discos de papel impregnados com concentrações conhecidas de ampicilina,
ceftriaxona, estreptomicina, imipenem, kanamicina, ácido nalidíxico, neomicina
e tetraciclina. Os antibiogramas foram realizados em diluição de 0,5 na escala
de Mac Farland, semeadas em placas com 25ml de Agar Muller Hinton, utilizando o
método de difusão em placa e incubados a 37ºC por 18-24h. Todos os testes foram
realizados em triplicata. Após incubação das placas, o diâmetro do halo inibitório
foi medido (mm) e os resultados interpretados como sensíveis, intermediários
ou resistentes. Das 10 cepas testadas, duas foram susceptíveis a todos os
antimicrobianos, e oito, apresentaram resistência a pelo menos um dos oito agentes
testados. Cinco cepas de Staphylococcus aureus e três bastonetes Grampositivos apresentaram
padrões de múltipla resistência. Para essa amostragem, a neomicina foi o agente
antimicrobiano mais eficaz, não havendo nenhuma cepa resistente. Esses
resultados apontam para a existência de microrganismos com características de
resistência vinculadas ao pescado, o que demonstra a necessidade de reforçar a
atenção no preparo e nos procedimentos de boas práticas ligadas a esse
importante alimento.
Palavras chave: antibiograma; pescado;
agentes antimicrobianos; microrganismos
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