RESPOSTAS FISIOLÓGICAS AO ESTRESSE TÉRMICO
RELACIONADOS À SENSIBILIDADE A AGENTES ANTIMICROBIANOS DE
BACTÉRIAS ISOLADAS DO PESCADO EM EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS
Tiago
Machado da Silva, Eliane
Pereira Behenck, Fernanda
Brocca de Matos, Walter
Nisa-Castro-Neto, Sueli
Teresinha Van Der Sand, Ana Paula
Guedes Frazzon , Diego Antonio Viana
Gomes (ORIENTADOR - mrvgomes@yahoo.com.br)
PROJETO CARCHARIAS; Departamento de Biologia; Universidade Luterana do Brasil - Torres; Rua Universitária, 1900, Parque do Balonismo; Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. CEP 95560-000.
A
microbiota dos peixes é amplamente biodiversificada, com o consumo de pescado alcançando
marcas recordes de comercialização, a preocupação com a contaminação
microbiológica resistente a agentes antimicrobianos, torna-se uma importante
preocupação na segurança de alimentos. Investigaram-se as respostas de
bactérias a variações das condições de temperatura em que o pescado se encontra,
verificando alterações fenotípicas na natureza e na escala de sensibilidade a
oito agentes antimicrobianos de uso comum. As amostras foram coletadas em altomar
com swabs estéreis nas escamas de linguados (Paralichthys spp.) e tainhas (Mugil
spp.) que foram posteriormente inoculadas em meio de cultura. Selecionaram-se aleatoriamente
240 cepas bacterianas para testes de sensibilidade a agentes antimicrobianos
(Ampicilina, Ceftriaxona, Estreptomicina, Imipenem, Kanamicina, Ácido
Nalidíxico, Neomicina e Tetraciclina) em diferentes temperaturas, 30ºC e 37ºC.
Os antibiogramas foram realizados em diluição de 0,5 na escala de Mac Farland
semeadas em placas com 25ml de Agar Muller Hinton, sendo utilizado o método de
difusão em placa. Após incubação das placas, 18-24h foi medido o diâmetro do
halo inibitório (mm). As associações entre as variáveis foram estimadas através
de Análise de Variância - ANOVA sendo consideradas significativas quando P0,05.
Todos os experimentos foram realizados em triplicata. Trinta e cinco cepas
resistiram às duas temperaturas. Destas, eram resistentes a 30ºC e passaram a
ser sensíveis a 37ºC (17,1%). Bactérias que eram sensíveis a 30ºC e passaram a ser
resistentes a 37ºC (1,8%). Constatou-se que vários microrganismos alteraram seu
perfil de sensibilidade a agentes antimicrobianos quando comparadas à 30ºC e 37ºC
(F=154; p<0,000). Os agentes antimicrobianos Ácido Nalidíxico e Estreptomicina
foram ineficientes no combate ao crescimento destas cepas em ambas as
temperaturas, sendo os menos indicados a uma quimioterapia contra uma possível
infecção por esses microrganismos.
Palavras chave: agentes antimicrobianos;
estresse térmico; alteração fenotípica
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