Aula 7 – 6ª Série / 7º Ano
ANFÍBIOS
Os anfíbios são vertebrados que
vivem pelo menos uma parte do seu ciclo de vida em ambiente de água doce e o
outro em ambientes terrestre. Acredita-se que estes animais surgiram há cerca
de 360 milhões de anos. Os representantes mais comuns são os sapos, rãs,
salamandras e cobras-cegas. Durante sua evolução o anfíbio apresentaram
adaptações como pulmões bem desenvolvidos (vida terrestre) e órgãos dos
sentidos (vida aquática). No entanto, os anfíbios dependem estritamente da água
para sua reprodução.
Os anfíbios apresentam algumas
características comuns como pele úmida e permeável (auxilia nas trocas gasosas),
narinas que se comunicam com a boca (auxilia na respiração pulmonar) e a
respiração podem ser por meio de brânquias, pulmões, pele ou mucosa bucal. A
maioria possui pernas para facilitar a locomoção em ambiente terrestre. Possuem
cerca de 4800 espécies divididas em anuros,
urodelos e ápodes.
Os ANUROS em sua fase adulta apresentam quatro pernas e não tem cauda.
Os mais conhecidos deste grupo são os sapos, rãs e pererecas. Possuem corpo
curto, cabeça estreita, poucas vértebras e pernas posteriores maiores que
anteriores. A locomoção ocorre
principalmente por meio de saltos, mas em ambientes aquáticos eles nadam. Os URODELOS possuem corpo alongado e
cauda, não saltam e um animal que representa o grupo é a salamandra. Os ÁPODES não possuem pernas, corpo longo
e fino, cabeça pequena, são cavadores, tem vida principalmente aquática e
terrestre subterrânea. Encontrados em florestas de clima quente e úmido.
Locomovem-se impulsionando o corpo, rastejando ou nadando e o principal
representante deste grupo é a cobra-cega.
Os anfíbios adultos geralmente
são carnívoros, comem insetos, lesmas, minhocas e outros pequenos animais.
Anuros e urodelos capturam suas presas em ambientes terrestre com a língua
pegajosa, já os anuros aquáticos fazem se alimentam por sucção, ou seja,
aspiram água e retiram os alimentos presentes nela. Apresentam sistema
digestório completo (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e cloaca).
A respiração nos anfíbios pode
apresentar diferentes estruturas como brânquias, pulmões e pele. Em geral
utilizam várias destas estruturas combinadas durante a respiração. Durante a
fase larval a maioria destes animais utilizam brânquias e na fase adulta a
maioria respira por meio dos pulmões e da pele. Algumas espécies de salamandra
as brânquias permanecem na fase adulta e outras não possuem brânquias ou
pulmões respirando apenas através da pele. Os pulmões são simples com formato
de pequenos sacos e não absorvem todo o oxigênio que os animais precisam por
isso é que utilizam também a pele para realizar as trocas gasosas. A pele é
fina, úmida, permeável e tem grande quantidade de vasos sanguíneos, o que
permite as trocas gasosas. Para a pele permanecer úmida estes animais possuem
glândulas que secretam muco e vivem em ambientes úmidos.
A maioria dos anfíbios possuem sexos separados e
o acasalamento ocorre na água. Em muitas espécies o macho produz sons para
atrair a fêmea. O macho segura a fêmea, sobe em suas costas e a estimula a
liberar os óvulos na água e libera seus espermatozoides, ocorrendo a fecundação
externa, mas em alguns casos é interna. A maioria dos anfíbios é ovípara e
depositam seus ovos em ambientes úmidos para evitar a perda e desidratação. O
tempo necessário para a eclosão varia desde poucas horas até meses. Os ovos da
maioria dos anuros liberam uma larva chamada girino (diferente do adulto), que
passa por metamorfose até a fase adulta. A maioria das salamandras e
cobras-cegas possui fecundação interna, possuem rituais de acasalamento nos
quais o macho deposita seus espermatozoides sobre uma superfície e conduz a
fêmea até o local para que ela recolha, sendo que estes ficam guardados até a
fecundação dentro do corpo da fêmea.
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