sábado, 10 de novembro de 2012


Aula 7 – 6ª Série / 7º Ano

ANFÍBIOS

Os anfíbios são vertebrados que vivem pelo menos uma parte do seu ciclo de vida em ambiente de água doce e o outro em ambientes terrestre. Acredita-se que estes animais surgiram há cerca de 360 milhões de anos. Os representantes mais comuns são os sapos, rãs, salamandras e cobras-cegas. Durante sua evolução o anfíbio apresentaram adaptações como pulmões bem desenvolvidos (vida terrestre) e órgãos dos sentidos (vida aquática). No entanto, os anfíbios dependem estritamente da água para sua reprodução.
Os anfíbios apresentam algumas características comuns como pele úmida e permeável (auxilia nas trocas gasosas), narinas que se comunicam com a boca (auxilia na respiração pulmonar) e a respiração podem ser por meio de brânquias, pulmões, pele ou mucosa bucal. A maioria possui pernas para facilitar a locomoção em ambiente terrestre. Possuem cerca de 4800 espécies divididas em anuros, urodelos e ápodes.
Os ANUROS em sua fase adulta apresentam quatro pernas e não tem cauda. Os mais conhecidos deste grupo são os sapos, rãs e pererecas. Possuem corpo curto, cabeça estreita, poucas vértebras e pernas posteriores maiores que anteriores.  A locomoção ocorre principalmente por meio de saltos, mas em ambientes aquáticos eles nadam. Os URODELOS possuem corpo alongado e cauda, não saltam e um animal que representa o grupo é a salamandra. Os ÁPODES não possuem pernas, corpo longo e fino, cabeça pequena, são cavadores, tem vida principalmente aquática e terrestre subterrânea. Encontrados em florestas de clima quente e úmido. Locomovem-se impulsionando o corpo, rastejando ou nadando e o principal representante deste grupo é a cobra-cega.
Os anfíbios adultos geralmente são carnívoros, comem insetos, lesmas, minhocas e outros pequenos animais. Anuros e urodelos capturam suas presas em ambientes terrestre com a língua pegajosa, já os anuros aquáticos fazem se alimentam por sucção, ou seja, aspiram água e retiram os alimentos presentes nela. Apresentam sistema digestório completo (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e cloaca).
A respiração nos anfíbios pode apresentar diferentes estruturas como brânquias, pulmões e pele. Em geral utilizam várias destas estruturas combinadas durante a respiração. Durante a fase larval a maioria destes animais utilizam brânquias e na fase adulta a maioria respira por meio dos pulmões e da pele. Algumas espécies de salamandra as brânquias permanecem na fase adulta e outras não possuem brânquias ou pulmões respirando apenas através da pele. Os pulmões são simples com formato de pequenos sacos e não absorvem todo o oxigênio que os animais precisam por isso é que utilizam também a pele para realizar as trocas gasosas. A pele é fina, úmida, permeável e tem grande quantidade de vasos sanguíneos, o que permite as trocas gasosas. Para a pele permanecer úmida estes animais possuem glândulas que secretam muco e vivem em ambientes úmidos.
A maioria dos anfíbios possuem sexos separados e o acasalamento ocorre na água. Em muitas espécies o macho produz sons para atrair a fêmea. O macho segura a fêmea, sobe em suas costas e a estimula a liberar os óvulos na água e libera seus espermatozoides, ocorrendo a fecundação externa, mas em alguns casos é interna. A maioria dos anfíbios é ovípara e depositam seus ovos em ambientes úmidos para evitar a perda e desidratação. O tempo necessário para a eclosão varia desde poucas horas até meses. Os ovos da maioria dos anuros liberam uma larva chamada girino (diferente do adulto), que passa por metamorfose até a fase adulta. A maioria das salamandras e cobras-cegas possui fecundação interna, possuem rituais de acasalamento nos quais o macho deposita seus espermatozoides sobre uma superfície e conduz a fêmea até o local para que ela recolha, sendo que estes ficam guardados até a fecundação dentro do corpo da fêmea.

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